Lisboa foi o palco do terceiro encontro interno da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, I.P. (CCDR LVT, I.P.), que reuniu os seus trabalhadores no Museu de Marinha, para um dia de trabalho, reflexão e convívio, com o objetivo de consolidar uma visão partilhada para o futuro da região.
O evento teve como momento central a apresentação da estratégia “RLVT 2035: Uma Visão Integrada para o Futuro Regional”, conduzida por Teresa Almeida, Presidente da CCDR LVT, I.P., que sublinhou o caráter participativo e inovador do processo estratégico em curso. “Não conhecemos nenhuma organização, nomeadamente no Estado, que mobilize todos os seus trabalhadores para uma estratégia que seja coletiva. Do que é do nosso conhecimento, é um processo único, mobilizador, participado”, salientou.
Teresa Almeida destacou o papel central da CCDR LVT, I.P. na transformação regional, à luz de novos desafios e responsabilidades: “Estamos no início do próximo quadro comunitário, no arranque do PROT LOVT, com novas competências e integração de serviços. É agora que faz sentido cruzar todas as nossas valências, com sinergias e visão de futuro”.
A Presidente salientou ainda que esta estratégia resulta de uma construção interna, envolvendo todas as unidades orgânicas e alicerçada numa visão de longo prazo para a região, “caracterizada pela coesão territorial, sustentabilidade, humanismo e competitividade global”.
Na sequência da sua intervenção, Sérgio Barroso, Diretor do CEDRU e especialista em planeamento estratégico, lançou um desafio aos presentes com a sua palestra “Dar forma ao futuro: a missão de uma região em transformação”.
O Diretor do CEDRU alertou para a urgência de planear num contexto de incerteza crescente: “Quanto mais incerto é o futuro, maior é a necessidade de planeamento.” O geógrafo traçou também um retrato da evolução institucional da CCDR, desde as primeiras Comissões de Planeamento Regional até ao momento atual, marcado pela descentralização e novas exigências de governação multinível, assim como o facto de se tratar de uma região capital e europeia, hub atlântico de conhecimento e inovação, mas também um território de desigualdades e vulnerabilidades — um verdadeiro “laboratório de políticas públicas”.
Durante a manhã, foram ainda apresentados os 11 Desafios Institucionais que integram a nova estratégia, construídos de forma transversal e colaborativa pelas várias unidades orgânicas da CCDR LVT, I.P.. Cada desafio resulta da articulação entre múltiplas áreas de intervenção, promovendo abordagens integradas e inovadoras.
A parte da tarde incluiu uma visita às obras do Museu Nacional de Arqueologia, seguida de uma conversa sobre o património arqueológico da Região LVT, com António Carvalho, Diretor do Museu Nacional de Arqueologia (MNA) e de Patrícia Batista e Raquel Lázaro, também do MNA. O evento encerrou com momentos lúdicos —com o contador de histórias António Serafim e música ao vivo com Cátia Alhandra e Paulo Pires.
Este encontro deu continuidade ao ciclo iniciado em Santarém e Alcobaça, mas com um novo nível de ambição: não apenas dar a conhecer a instituição e partilhar o que é feito diariamente, mas projetar um caminho conjunto para a década que se inicia.
















