CCDR LVT congratula a classificação da Arrábida como Reserva da Biosfera da UNESCO

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, I.P. (CCDR LVT) congratula Associação de Municípios da Região de Setúbal, as Câmaras Municipais de Palmela, Sesimbra e Setúbal e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), bem como todas as entidades locais envolvidas, pela recente distinção da Serra da Arrábida como Reserva da Biosfera pela UNESCO, uma decisão que valoriza internacionalmente a riqueza natural, cultural e paisagística deste território e que constitui um marco de grande relevância para a região e para o país.

A classificação integra a Arrábida na Rede Mundial de Reservas da Biosfera, o que reforça o seu papel como espaço de equilíbrio entre conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável. Trata-se de um reconhecimento global da singularidade do ecossistema que articula serra e mar, dos seus valores geológicos, da diversidade da flora e da fauna, mas também das práticas culturais e das comunidades que historicamente têm moldado e protegido este património.

A Presidente da CCDR LVT, Teresa Almeida, sublinhou a importância desta conquista coletiva:

“A distinção da Arrábida como Reserva da Biosfera é motivo de enorme orgulho para todos nós. Representa o reconhecimento do valor universal deste território único, mas também do trabalho notável desenvolvido ao longo dos últimos anos por diversas entidades que se uniram para preparar e apresentar a candidatura. Quero, por isso, deixar uma palavra de especial felicitação a todas essas instituições e às autarquias locais, cujo empenho e visão tornaram possível este resultado”.

Para Teresa Almeida “este é um marco que nos responsabiliza ainda mais” na construção de uma Arrábida que “deve ser vista como um verdadeiro laboratório vivo de sustentabilidade, onde a ciência, a educação, a inovação e a participação cidadã se encontram para construir soluções que conciliem preservação e desenvolvimento”. A Presidente da CCDR LVT afirmou ainda que a instituição “continuará disponível para ser parceira ativa neste caminho, através do apoio a políticas públicas e iniciativas que promovam a valorização dos recursos naturais e culturais da região”.

A candidatura da Arrábida foi fruto de um processo colaborativo que envolveu municípios da região, instituições científicas, organizações da sociedade civil e as comunidades locais. A proposta realçou a importância da interface terra-mar do território, a sua geodiversidade, espécies endémicas e habitats sensíveis, assim como os elementos culturais, das paisagens agrícolas tradicionais às práticas artesanais de pesca. O Comité da UNESCO destacou, ainda, a qualidade da candidatura, em particular a abordagem integrada que combina a proteção da natureza com o desenvolvimento económico sustentável e a participação ativa das populações.

Com a nova classificação, abrem-se perspetivas para o reforço da investigação científica e da monitorização ambiental contínua, a valorização das comunidades locais através de atividades económicas sustentáveis — como a agricultura de montado, a pesca artesanal e o ecoturismo —, a implementação de programas de educação ambiental e sensibilização para a conservação e, ainda, a promoção internacional da Arrábida como destino de excelência, associado à sustentabilidade e ao respeito pelos valores naturais.

Biosfera Arrabida

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