Como Surgiu
Garantir uma alimentação responsável e sustentável implica colocar a alimentação como um aspeto central do modelo de planeamento e desenvolvimento territorial. Para responder a estes desafios, surgiu a Rede Metropolitana de Parques Agroalimentares (RMPA), na Área Metropolitana de Lisboa (AML), por iniciativa de um conjunto de vinte atores locais, regionais e nacionais que, entre 2019 e 2021, se constituíram como um Grupo de Trabalho no âmbito da atuação estratégica para a próxima década. Este Grupo de Trabalho foi coordenado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa), a convite da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT), enquanto coordenadora do Living-Lab do Projeto H2020 ROBUST – Unlocking rural-urban synergies, em colaboração com o Instituto Superior Técnico.
Em 2022, esta Rede expandiu-se e alargou o seu âmbito de ação, dando lugar à FoodLink – Rede para a Transição Alimentar na AML, com uma coordenação partilhada entre a CCDR-LVT, a AML e o ICS-ULisboa.
O biénio 2022-2023, estabeleceu-se como período experimental de atuação de acordo com o Plano de Ação. Neste período foi elaborada a Estratégia para a Transição Alimentar na AML, entendida como sendo a ação prioritária. Tendo o balanço do período experimental sido manifestamente positivo, decidiu-se prosseguir para um novo ciclo de trabalhos no decorrer do triénio 2024 – 2026
Os Parceiros
Aquando da formalização da criação da Rede FoodLink, com a assinatura da Carta de Princípios e Compromissos, em junho 2022, constituiam a Rede 30 entidades. Desde então, a FoodLink tem despertado o interesse por parte de outras entidades,
Atualmente a Rede integra quarenta e uma entidades, com diferentes perfis, representando os diversos componentes do sistema alimentar metropolitano

Visão
Até 2030, cerca de 15% do aprovisionamento alimentar da área metropolitana poderá ser assegurado localmente tendo por base:
● modos de produção sustentáveis, onde se incluem a produção biológica, a produção/proteção integrada, a agroecologia e a pesca e aquicultura sustentáveis;
● soluções inovadoras, nomeadamente no âmbito da gestão da água para regadio, na redução de fitofármacos, na conservação do solo e no balanço de nutrientes, e na adaptação climática, eficiência energética e energias alternativas;
● redes de distribuição de baixo carbono e em circuitos alimentares de proximidade que cumpram com os critérios de inclusão e segurança alimentar;
● o consumo sustentável com impacto positivo sobre a saúde e o bem-estar, associado à redução do desperdício alimentar e ao tratamento e valorização dos resíduos orgânicos alimentares;
● a qualidade do ambiente e a conservação da biodiversidade através do reforço da conectividade ecológica das áreas de produção sustentável.
Os produtos da FoodLink estarão disponíveis e acessíveis para o consumo alimentar sustentável de todos os cidadãos da área metropolitana de Lisboa e serão uma mais-valia para a promoção de um turismo responsável e ético. A FoodLink oferece oportunidades de recreio e de turismo gastronómico e cultural em todo o seu território, constituindo-se como uma iniciativa inovadora que contribui para a valorização sócio ecológica e económica da AML e para o fortalecimento das sinergias urbano-rurais e urbano-costeiras.
A Visão, a par dos eixos estratégicos, princípios e compromissos da Rede, assim como o seu enquadramento estratégico constam do documento Estratégia e Roteiro de Ação da FoodLink para o período de 2024-2026.